E que eu continue...
Que eu continue a acreditar no outro mesmo sabendo que alguns valores esquisitos permeiam o mundo;
Que eu continue otimista, mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre;
Que eu continue com a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida;

Chico Xavier

05 agosto 2012

Luto: Viver Apesar de Tudo




Viver é também saborear o gosto acre da morte, do luto. Não apenas da morte propriamente dita, mas das mortes transfiguradas nas inúmeras perdas que sofremos durante toda nossa existência. O menino que fui, morreu para o adolescente que chegou, que morreu para o jovem, para o adulto. Enfim, o dia de ontem morreu para o dia de hoje, o segundo anterior morreu para o segundo quem vem. O passado morre para o presente, e se o luto não for elaborado, viveremos eternamente presos ao instante anterior, onde a vida já deixou de existir, já deixou de ser uma companhia. Viver é uma cidade sem muralhas, dizia Epicuro. Nesta cidade, estamos sujeitos a tudo: a dor e o prazer, a vida e a morte.
A vida e a morte, são como dois bailarinos que sincronicamente fazem juntos todos os seus movimentos; passos, gestos e sutilezas. Dançam juntos a mesma música, a mesma coreografia. A vida enquanto presente, leva uma vantagem de milésimos de segundos da morte, enquanto passado. Porém, a linha é tão tênue e sutil, que não percebemos a diferença. Por vezes, esse luto mais cotidiano, ordinário, passa desapercebido, não damos atenção porque aparentemente são segundos banais. Entretanto, quando nos damos conta, estamos com 70, 80 anos de idade e em um leito de morte. Só então é que teremos a sensação de não termos vivido, da vida ter se esvaído como água por nossos dedos. Ficamos tão agarrados ao passado, tentando pegar o abstrato, ver o invisível, que não nos damos conta, de que o presente fluía com todas as suas possibilidades. Mas, infelizmente “não estávamos lá” para usufruir. Só agora que estamos na eminência da “última morte”, é que percebemos que sem a morte não há vida, e que aceita-la, significa a possibilidade de uma nova vida que se renova a cada instante.
A todo o momento há falta. Essa falta, de qualquer forma pode trazer dor, e quando não aceitamos, pode nos trazer sofrimento. E pelo fato de não ser aceitar, há luto. Com isso, temos a cômica, ou trágica imagem do cachorro correndo atrás do próprio rabo. O real nos nega o objeto de desejo, nós negamos que nosso desejo foi negado pelo real, o que fatalmente resulta em dor. Nos revoltamos contra a vida, e a achamos injusta, sofremos ainda mais.
A impressão é que a realidade é o grande carrasco do desejo. E na verdade o é. Todavia, a realidade também é bondosa como uma mãe que às vezes é dura sim, mas que nos ensina a viver, a amar, a usufruir o que a vida tem a nos oferecer, apesar da morte, apesar da perda. A realidade às vezes concede nossos desejos e se não estes, outros, e com o tempo, aprendemos que também podemos ser felizes com estes “outros”. A felicidade não depende das perdas, mas sim do que conseguimos ganhar, e é isso o que importa.
Nada mais certo e normal que a morte, tudo o que tem um início, fatalmente terá um fim, e todos sabemos disso, porém preferimos nos enganar pensando que tudo é eterno. Meu namoro, meu casamento, meu cachorro, meu emprego, meus pais, meus avós, eu mesmo; todos eternos e perde-los não estava no escript. O trabalho de luto é aprender a dizer sim, tanto para a vida, quanto para a morte; para os ganhos e para as perdas.
Vida Breve
Uma vida não é senão um breve instante na eternidade, independente do quanto dura esse instante, é imprescindível que seja bem vivido, do contrário, a vida será um hiato, um vazio sem sentido. Dentro de cada vida, muitas outras vidas perfilam, vidas que a todo instante deixam de ser, deixam de existir, porque outras estão à espera. E cada finalização dessas breves existências, nos trazem o luto e sua conseqüente e necessária elaboração. Este que nos possibilita o desapego, a libertação de uma das mortes de nossa vida, para que novas possam nascer.
Aquele morreu quando estava para aproveitar a vida, desgostoso por ter sido tão breve e pouco vivida, ouve-se o comentário. Sendo assim, o que se lê é: aquele nunca aproveitou a vida! Sua existência correu rápida e descolada de si mesmo, e dela, não se aproveitou ou pouco se aproveitou. E porque até então não se pôde aproveitar? Por certo temos aqui a ausência do bem viver, portanto a dificuldade em morrer. Dificuldade, porque achamos que a vida não foi suficiente, queríamos mais, pois não nos sentimos preenchidos.
Este morreu feliz, conseguiu realizar seus sonhos. Portanto, este morreu completo, e talvez com uma morte bem aceita. Quando vivemos mal, a morte nos tira a vida, e a perda é vista como um roubo. Quando vivemos bem, a morte é apenas o último estágio da vida, a perda pode até deixar um vazio, mas não a revolta, não o sofrimento sem tréguas. Este por certo, perceberá que a vida continua, mesmo após uma perda ou morte. E na eminência do próprio fim, se liberta por si mesmo da vida que tanto lhe proporcionou, e sendo ele sabedor deste fim, parte tranqüilo e sereno.
“A morte só nos tomará o que quisermos possuir”, dizia Sponville, e Freud complementa: “não sabemos renunciar a nada. Apenas sabemos trocar uma coisa por outra”. E isso, a realidade pode nos dar. Posso amar outros, ser outro, ter outros. Constantemente travamos uma luta entre nossos desejos, amores ou posses, e a realidade – os impedimentos para alcançarmos tudo o que queremos – Muitas vezes, o real é mais forte, e perdemos essa briga.
O luto pode acontecer tanto do que tínhamos e perdemos, como: emprego, empresa, casamento e morte de um ente querido. Quanto do que esperávamos ter, mas que até o momento não conseguimos, como uma promoção, o carro que não conseguiu comprar, uma paixão que nunca foi correspondida ou ganhar o prêmio na loteria. E tão maior for nosso apego ao que temos ou ao que poderíamos ter, tão maior será o sofrimento caso perdemos. Elaborar o luto é se libertar do desejo, quando ele não pode ser realizado. Isso não serve para dizer que não devemos correr atrás de nossos sonhos, ou viver intensamente nossas paixões e que não devemos empreender nosso máximo para conseguir, mas sim, para dizer que a vida continua apesar de não ter conseguido. Acredite, o mundo é generoso.
A dor do luto
O luto como já dito, carrega em si a dor, viver é estar em constante luto e elaboração do mesmo. Essa elaboração é a ponte que nos leva da dor ao prazer. Luto é aprendizagem, é experiência. O luto nos torna humanos, que sabemos, somos mortais. Portanto, a morte é nossa fiel amiga e não podemos fugir dessa fidelidade. Ela pode ser ludibriada, se postergada, atrasada, mas nunca deixará de vir ao nosso encontro, como disse ela é fiel e cumpre o que promete, cedo ou tarde. Ela nunca deixa de estar presente, para nos mostrar como num espelho, nosso corpo a todo tempo desnudado pelo real. O real é a própria morte, são as perdas, os fracassos, as decepções, as frustrações, as amputações do desejo. Entretanto, o real nos pega mesmo a contra gosto, e por vezes nos mostra exatamente o contrário, que tudo tem um fim, que tudo isso não passa de um conto de fadas. O castelo de cartas cai por terra. Dor, sofrimento, luto.
A elaboração do luto é a aceitação da realidade tal como ela é, nua e crua. É aprender a viver com a ausência, com uma perda, buscando algo novo que nos vá preencher. Nunca é claro, o mesmo preenchimento, apenas um novo. O luto é da morte, não da vida. O que morre são partes de nós, o todo continua vivo. Assim como, a cada dia milhares de células morrem em nosso corpo, porém, milhares nascem para manter o todo nas melhores condições possíveis, e pelo maior tempo possível.
Por Odair José Comin

INVISÍVEIS, MAS NÃO AUSENTES




Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação.

O genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram
publicados após a sua morte.
Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:

"A morte não é o fim de tudo.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.
Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.

O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra.
Coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, Aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo.
De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação.
Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz.
Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito”.

(Victor Hugo)

Muitos consideram que o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se.
Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.
Prossegue em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem.
Pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.
Que Deus nos ilumine hoje e sempre!

http://www.grupocasulo.org/

31 julho 2012

Nossas despedidas eram assim...

Recomeço é possível



Lindo texto do blog da minha amiga Ilca
http://thaisalbuquerquememoria.blogspot.com.br/


Sim, sempre poderemos recomeçar. E recomeçar significa não desistir, mesmo diante de tantas provas que parecem nos tirar o chão, nos levar à falsa crença de que não haverá salvação, de que o melhor é desistir.
Recomeçar é ir adiante, passar pelos espinhos e manter a cabeça erguida, mesmo que em muitos momentos as lágrimas estejam conosco.
Recomeçar é guardar no coração as lembranças dos momentos felizes já vividos, mas ao invés de se prender à tristeza pelo que não tem retorno, sair a buscar novos horizontes, é aliar fé e perseverança e perceber o quanto ainda podemos conquistar.
Recomeçar é sentir-se fragilizado diante de uma perda, mas não pensar jamais em abandonar a estrada que está a nossa frente, pelo contrário, é caminhar, lentamente, mas sempre caminhar.


Recomeçar é ir adiante com confiança e não temendo as tempestades que se formarem.
Recomeçar é acordar a cada manhã, abraçar o dia que está nascendo e ao invés de se prender às dificuldades, enxergar a nova oportunidade de renovação que bate a nossa janela.


Recomeçar é compreender que tudo tem o seu tempo. Que nenhum sofrimento cessa de uma hora para outra. A dor não termina como um passe de mágica. As dificuldades são superadas uma a uma.
Recomeçar é trilhar o caminho à frente, mesmo que ele seja cercado de espinhos.
É entender, que durante o recomeço, muitas ainda serão as vezes que sentimentos negativos irão querer nos envolver e nos desanimar. Mas mantendo a chama da fé acesa, não iremos parar.
Recomeçar é enfrentar as provas que estão ao nosso lado e perceber que outras provas também virão, mas que trazemos em nosso íntimo, a coragem para enfrentá-las.
Recomeçar é não ficar esperando por milagres, mas ser a cada dia, o próprio milagre de sua vida, trabalhando, perseverando e atingindo o destino tão aguardado.


Recomeçar é não desanimar com a caminhada, tudo tem o seu tempo. A dúvida só acaba, quando vamos atrás das respostas e descobrimos que elas estão em nosso íntimo.
O medo só vai embora quando nos aliamos à determinação e o encaramos de frente. O fardo só se torna mais leve, quando deixamos de nos sintonizar com os sentimentos nocivos, buscamos nos ligar com o Alto e sentimos nossas forças aumentarem.
O recomeço é sim possível, porém gradativo.
Não se muda sentimentos em horas. Não se modifica um caminho, sem perseverança.
Não se vence o mal, se não trabalharmos constantemente no bem. Não se chega ao amanhã, se não vivermos o hoje.


Recomeçar é degrau a degrau, passo a passo, lentamente, com confiança e força de vontade, aí de repente, quando olhamos para trás, iremos perceber o quanto já caminhamos.
Recomeçar é mudar os rumos da vida, lutando a todo instante, enfrentado as adversidades com as ferramentas internas que cada um de nós possui.
Recomeçar é saber que passaremos por novas tormentas, nos sentiremos pequeninos em alguns momentos e carentes em outros e também teremos receios, mas recomeçar é se abastecer com a fé verdadeira que a tudo fortalece.
Recomeçar é perceber que em alguma curva, seremos envolvidos pela escuridão, voltaremos a cair e talvez venhamos a nos sentir desamparados.
Mas recomeçar significa também, abrir a janela íntima para que o sol adentre, ilumine, aqueça e nos mostre quanto potencial trazemos conosco.


É encontrar a verdade que nos mostra que aquele ente querido que partiu, não se foi eternamente e quando recomeçamos, estamos caminhando e, cada vez mais, estaremos nos aproximando das pessoas que tanto amamos e que voltarão a estar ao nosso lado.
Mas se não recomeçarmos, não teremos como acreditar nesse reencontro...


Recomeçar é enxergar a destruição que há ao redor, mas antes que o desespero se aproxime, arregaçar as mangas e começar a reconstruir o que foi destruído, sabendo que não nos encontramos sozinhos nessa obra.
É cuidar das feridas, constatando que elas precisam de tempo para cicatrizar. É ter paciência enquanto novas cores são desenhadas e a mudança se aproxima.
É compreender que anos de trevas não se apagam imediatamente, mas sim, requerem a união da fé, da esperança, do otimismo, da coragem e da certeza de que não estamos sozinhos, mas precisamos fazer a nossa parte.
Recomeçar nasce dentro de nós e pouco a pouco vai se exteriorizando.


Recomeçar é ultrapassar tantas pedras que ainda estão no caminho. Semear flores para que elas passem a enfeitar o nosso caminho.
Cultivar o amor, porque tendo o amor como companheiro de viagem, nos fortalece mais ainda durante o recomeço, porque o amor a tudo renova.
Recomeçar é voltar a sonhar, mas principalmente buscar pelos sonhos. É encarar as provações como possíveis de serem superadas. E buscar também, compreender a lição que cada prova sempre nos traz. 
Recomeçar é amadurecer, é refletir, escolher o caminho do bem.


Recomeçar é acreditar que podemos voltar a andar e reencontrar a paz. Fazer com que a serenidade volte a pulsar em nosso íntimo.
É afastar o mal e aproximar-se dos missionários de luz, que acompanham os nossos passos.
Recomeçar é abraçar o evangelho do Mestre.
E desse abraço, poder enxergar o Mestre iluminado a nossa frente a nos dizer:


"Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei" (Matheus 11:28).


A cada recomeço o Mestre estará conosco, ouvindo nossas aflições, aliviando nossas dores, nos estendendo a Sua mão e nos aquecendo a todo instante com o Seu eterno amor.
Recomeçar é seguir o trajeto sabendo que o Mestre está conosco, nos carregando no colo, nos momentos em que a dor se tornar forte demais.
Recomeçar é pegar o arado, preparar a terra, semear os bons frutos e assim, chegar a um novo amanhecer.
Recomeçar é batalhar pelas conquistas.
Descobrir novos caminhos.
Usar os talentos que possuímos.
Descobrir a chama da esperança que há dentro de nós.
Sintonizarmos com o Alto e não temermos as dificuldades, por maiores que pareçam.
Saber que o fim não existe, há recomeço.


Recomeçar é buscar o sorriso, é compartilhar as tristezas. Unir forças com os companheiros de jornada.
Seguir confiante... E perseverar!


"O recomeçar não é rápido, nem fácil, mas sempre possível."


Recomeçar no hoje, no amanhã e sempre que necessário... Porque recomeçar é eternamente possível...



03 julho 2012

Saudade!!!






Saudade


Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 


Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...


Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 


Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 


Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 


E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 


O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

Sorrir!!!




Sorri quando a dor te torturar

E a saudade atormentar

Os teus dias tristonhos vazios


Sorri quando tudo terminar

Quando nada mais restar

Do teu sonho encantador


Sorri quando o sol perder a luz

E sentires uma cruz

Nos teus ombros cansados doridos


Sorri vai mentindo a sua dor

E ao notar que tu sorris

Todo mundo irá supor

Que és feliz

Charles Chaplin