E que eu continue...
Que eu continue a acreditar no outro mesmo sabendo que alguns valores esquisitos permeiam o mundo;
Que eu continue otimista, mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre;
Que eu continue com a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida;

Chico Xavier

01 maio 2012

Perder alguém Querido





Texto lindo que li no blog da minha amiga Ilca blog:http://thaisalbuquerquememoria.blogspot.com.br/


Não há palavras para expressá-la.
Não há livro que a descreva.
Por isso, o melhor jeito de consolar é falar pouco, orar junto,
sentir junto, e estar presente, cada um do jeito que sabe.


Palavras não explicam a morte de alguém querido.
Sabem disso o pai, a mãe, os filhos, os irmãos, o namorado e a namorada,
o marido e a mulher, os amigos de verdade.
Quando o outro morre, parte do mistério da vida vai com ele.
A parte que fica torna-se ainda mais intrigante.
Descobrimos a relação profunda entre a vida e a morte quando alguém
que era a razão, ou uma das razões, de nossa vida vai-se embora.


Para onde? Para quem? Está me ouvindo?
A gente vai se ver de novo? Como será o reencontro?
Acabou-se para sempre, ou ela apenas foi antes?
Por que agora? Porque desse jeito?
As perguntas insistem em aparecer e as respostas não aparecem claras.
Dói.. dói.. dói e dói...


Então a gente tenta assimilar o que não se explica.
Cada um do jeito que sabe.
Há o que bebe, o que fuma, o que grita, o que abandona tudo,
o que agride, o que chora silencioso num canto,
o que chama Deus para uma briga, o que mergulha
no fatalismo e o que, mesmo sem entender ou crer, aposta na fé.


Um dia nos veremos de novo... enquanto este dia não chegar,
quem eu amo e se foi, sei que me vê, me ouve, e ora por mim, lá, junto de Deus.
Para ela a vida tem, agora, uma outra dimensão.
Alcançou o definitivo.
Quem fica perguntando e sofrendo somos nós.
Mas como a vida é um riacho que logicamente deságua,
a nossa vez também chegará e,
quando isso acontecer, então não haverá mais lágrimas.
As que aqui foram choradas terão a sua explicação.
Alguém que não sabemos, porque nasceu de nós e porque cresceu em nós,
porque entrou tão cheio em nossa vida, fechou os olhos e foi-se embora.


Quem ama de verdade não crê que se acabou.
A vida é uma só: começa aqui no tempo e continua, 
depois, na ausência de tempo e de limite.
Alguém a quem amamos se tornou eterno.
E essa pessoa já sabe quem e como Deus é.
E também sabe o porquê de sua partida.
Por isso, convém falar com ela e mandar recados a Deus por meio dela.
Se ela está no céu, então alguém, além de Deus,
de Jesus e dos Santos, se importa conosco.


Definitivamente, não estamos sozinhos, por mais que doa a solidão de havê-la perdido.
Mas é apenas por pouco tempo.
Quem amou aqui, sem dúvida, se reencontra no infinito...


Pe. Zezinho, SCJ

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